terça-feira, 11 de outubro de 2011

FLORIANO - PI

Ao olharmos o mapa do Piauí veremos bem no meio dele, fazendo fronteira com o Maranhão, a cidade de Floriano a 253 km de Teresina. A cidade é banhada pelo Rio Parnaíba, transformando-a num belo cartão postal. No rio está situado o restaurante flutuante, um ícone da cidade.

Foi no teatro Maria Bonita que fizemos, no último 10/10 às 15hs, uma apresentação do espetáculo O Fio Mágico. O teatro é pequeno e com um pouco mais de cuidado seria o sonho de qualquer grupo teatral. O SESC PI empenhou-se em trazer-nos para cá e cuidou de trazer um equipamento de luz compatível com o tamanho do palco. Refletores de led permitiram que os atores não torrassem de verdade naquele calor quase ´causticante, dentro daquele figurino adequado a região polar. Sobrevivemos todos! Afinal estou aqui para contar.

O espetáculo como sempre envolveu a todos, salvo dois pequenos incidentes que tirou um pouco a nossa atenção. O primeiro foi a ilustre presença do reporter Amarelinho ( para conhecer www.reporteramarelinho.com.br ) , inquieto andou pela sala de espetáculo tirando fotos nos primeiros dez minutos de espetáculos. Do palco era estranho ver aquela criatura em pé na frente de todos tirando fotos com flash. Pensei em pedir ajuda a Décuma, mas ao mesmo tempo sabia que ele é uma figura lendária na cidade e qua a platéia provavelmente já estaria acostumada a esse pequeno desconforto. procurei esquecer e ele como eu devia prever saiu da sala deixando-nos à vontade. Quase na metade do espetáculo entrou um grupo de crianças retardatária que realmente atrapalhou a cena. A Nona literalmente chamou a atenção da Décuma pois o zun zun zun foi grande. Ficamos a nos perguntar: o que apreenderam da história aquelas crianças que chegaram tão fora de hora?

As professoras das escolas convidadas, algumas crianças e os integrantes da Ass. Bricantes do Folclore Nordestino ficaram para conversar conosco. Este retorno é bastante positivo para nós. É um momento que refletimos juntos e mostramos com mais detalhes os elementos do nosso espetáculo.

TERESINA - TEATRO 4 DE SETEMBRO

Ao chegarmos em Teresina era quase meia noite. saímos de Boa Vista às 14.30hs, vale salientar. No dia seguinte fomos conhecer o teatro em que nos apresentaríamos. Começaram então as nossas preocupações. O teatro é muito grande, para um público de mais de 500 pessoas, e la tras com dois andares de balcão, que o produtor disse sorriente que estariam lotados. Ora o nosso personagem principal tem menos de trinta centrímetos, qual seria a visão da criança que estaria nos últimos lugares deste imenso teatro?


 Outra coisa que ficamos sabendo é que faríamos duas apresentações seguidas uma ás 9hs e outra às 10hs.  Tarefa impossível já que o espetáculo tem uma hora de duração e necessitamos de pelo menos 20 min para recolocarmos tudo de volta no lugar. E o pior de tudo: ainda não tínhamos notícias do nosso cenário que havia partido de Boa Vista na segunda pela manhã. Precisaríamos montar o espetáculo na véspera ou não conseguríamos apresentá-lo no dia seguinte.



A primeira providência foi garantir que teríamos 3 microfones sem fio e agendamos ao menos a montagem da luz para este dia para viabilizar a apresentação no dia combinado, caso o cenário chegasse tarde da noite, obrigando-nos a montá-lo muito cedo no dia da apresentação. Felizmente o cenário chegou a tempo e às 18hs nos encaminhamos ao teatro. Para nossa surpresa os técnicos do teatro não estavam e toda afinação teve que ser feita no dia da apresentação, causando um atraso de quase meia hora, devido a não agilidade dos técnicos que não pareciam satisfeitos com o trabalho que realizavam e deixando toda a equipe do Mão Molenga num estado de nervos não condizente com o espetáculo.

O Teatro 4 de Setembro lotou. No dia anterior percebemos a agitação das crianças durante um espetáculo e pensaamos que se aquilo acontecesse durante a apresentação de O Fio Mágico, ninguém entenderia nada! Repetindo a dramática apresentação de Criciúma-SC, em que uma turma de adolescentes, num grande teatro também, resolveram atrapalhar e dispersar quem estava por perto.  Foi Mágico mesmo. Todas as seiscentas crianças presentes estavam completamente absorvidas pela história do Gerárd.



A segunda sessão começou muito além das 10hs e que mais nos impressionou foi a quantidade de crianças. Havia duas crianças em cada cadeira em pelo seis das primeiras fileiras. Tudo bem que se preze em levar a cultura e arte para um maior número de crianças, mas é preciso garantir um mínimo de qualidade, conforto e segurança para cada uma delas.

Oficinas









Os assuntos se acumulam. Neste post abro um espaço para falar das oficinas que ocorreram em Boa Vista, Tersina e Floriano. É sempre bom este momento de repasse em que podemos mostrar por outro ângulo o trabalho que realizamos. Se por um lado 8 horas é muito pouco tempo para que possamos ter algo de verdadeiramente consistente em relação a todo conteúdo relativo ao teatro de bonecos, por outro lado 8 horas corridas, mesmo com um intervalo, é muito tempo e por mais movimentada que seja a oficina percebo que em determinado momento, o nível de assimilação vai caindo.

É interessante notar que algumas vezes o nível de expectativa para estes encontros é muito alto. Parte dos integrantes de cada grupo esperam mais do que seria possível em 8 horas. Costumo dizer que essas oficinas tem como objetivo despertar o interesse para o teatro de bonecos, e alertar que esta arte exige dedicação e muito esforço, que as conquistas nesta área não acontece por mágica.
Pude perceber um pouco de frustração misturado com fascínio que os bonecos exercem.
A descoberta de que é praticamente impossível construir um boneco bonito e bem acabado numa oficina de 8 horas causa uma sensação estranha àquele(a)s que acreditam que vieram aprender a fazer bonecos.

Entretanto ao utilizarmos recursos simples como jornal, cordão e/ou fita adesiva e sacolinhas de supermercados, os participantes começam a entender que não é o boneco bonito que faz a mágica acontecer. O jogo do movimento inerente ao boneco, e que vai sendo incorporado pelos participantes é que vai constituindo a mágica dos bonecos.

Em Teresina tivemos um grupo muito grande, mais de trinta pessoas, todas dedicadas ao ensino infantil. No bate papo inicial pude perceber que era desejo de todas a utilização do aprendizado em sala de aula. Não levamos nenhuma fórmula mágica, mas o uso de materias simples, como os acima citados, tornou-se um forte elemento de reflexão para este grupo. "Foi super enriquecedor saber que com um pouco de jornal, matrial que qualquer pessoa pode conseguir, podemos criar um ambiente de descontração e criatividade", diz uma das professoras presente.

De Boa Vista para Teresina um incidente modificou a trajetória da oficina. Parte do material utilizado como recurso didático foi extraviado pela TAM e não chegou ao seu destino. Uma pena que o pessoal de Teresina e Floriano tenham conhecido a minha partner inseparável: a Heleninha. Ela tem um papel fundamental na oficina, mostrar o verdadeiro significado do encantamento no teatro de bonecos.

sábado, 8 de outubro de 2011

IRACEMA -RR


Domingo, 02 de outubro, pegamos a estrada e seguimos para o município de Iracema, para uma unidade do SESC Ler. Desta vez apresentamos o nosso último espetáculo em Roraima, o ERA UMA VEZ. A platéia começou a chegar um pouco depois das 19hs para uma apresentação às 20hs.

Boa Vista

Nem sempre conseguimos fazer novas postagens que a velocidade e frequencia que gostaríamos. Palco Giratório é bom, mas não é nenhuma moleza. Viagens, montagens, apresentações, oficinas, lugares novos, coisas novas pra fazer, tomar conta da vida que ficou lá em Recife, enfim... Mas as coisas e assuntos vão se acumulando e se não agirmos logo com certeza deixaremos escapar aqueles detalhes importantes.
Depois da apresentação de Tepequém (Era uma Vez) apresentamos O Fio Mágico em Boa Vista. A apresentação aconteceu no TEATRO JABER XAUD - SESC Macejana às 20hs. Apesar do horário havia muitas crianças, o teatro lotado reagiu bem às três velhinhas contadoras de história. Sentimo´nos em casa. Ao fim do espetáculo, como é de praxe no Palco Giratório, convidamos a platéia para um bate papo, para conversar sobre o processo de trabalho, contar um pouco da nossa experiência. Sempre deixamos todos à vontade para sair caso não possa permanecer no teatro. Neste momento o Marcondes brinca: "mas se alguém deixou uma panela no fogo e precisar sair, nó vamos entender"!
Para nossa surpresa o bate papo virou festa. As crianças presentes acomodaram-se no palco e o espetáculo continuou. Foi contagiante vê-las examinando cada detalhe do espetáculo, esmiuçando o cenário e a grande mesa relógio onde todos vivenciam a saga do Gerárd.



domingo, 2 de outubro de 2011

Tepequém - Roraima

 Reiniciamos nossas viagens pelo projeto Palco Giratório do SESC. Desta vez faremos a longa viagem de quase dois meses, só retornando a Recife no dia 24/11. Nossa primeira parada foi Tepequém -RR. Saímos de Recife às 6.30h da manhã num vôo da Tam com destino à Brasília e de lá um vôo com escala em Manaus com destino a Boa Vista -RR. Chegamos oito horas depois e fomos recepcionados por Felipo. Almoçamos e seguimos por mais quase quatro horas para Tepequém.
Valeu o esforço como vocês podem ver pelas imagens. O lugar é lindo e fomos muito bem recpcionados. Realmente uma imagem vale mais que mil palavras, postei dez imagens justamente para não falar mais nada. Volto depois!